O conceito de inflação cósmica foi proposto em 1979 por Alan Guth (agora do MIT). Ele acreditava que a energia inicial do universo teria ocasionado uma expansão descontrolada. Até recentemente, a comprovação de que o universo está se inflando tem sido teórica, ainda que matematicamente provada. Após três anos, uma equipe de colaboradores confirmou a ideia ao afirmar que torções na luz ou ondulações no espaço-tempo são as primeiras imagens das ondas gravitacionais do Big Bang. Isto sugeriria que a inflação cósmica está correta. Os pesquisadores também concordam de modo significativo que isso confirme uma relação profunda entre a mecânica quântica e a relatividade geral, com implicações no estudo da escala de Planck, antes considerada impossível.
No dia 17 de março de 2014, o Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica anunciou que a instalação BICEP2 no Polo Sul encontrou uma evidência convincente da gravidade quantificada e da inflação cósmica. Eles utilizaram telescópios de micro-ondas, que permitiram medições precisas da radiação cósmica de fundo (CMB), uma vez que o ar no polo é, na sua maior parte, semelhante ao espaço, rarefeito e seco. Trabalhando com a luz do CMB, descobriram que ela é polarizada e, portanto, espalhada por partículas atômicas. As ondas gravitacionais comprimem o espaço e criam padrões distintos. Portanto, quando procuravam por este traço na radiação cósmica de fundo, descobriu-se uma torção na luz. Esta torção é considerada uma ondulação no espaço-tempo e um sinal de que a expansão foi mais rápida que a velocidade da luz.
“Este trabalho possibilita novas ideias sobre algumas das nossas perguntas mais básicas: Por que existimos? Como o universo começou? Esses resultados não são apenas prova concreta da inflação. Também nos informam quando ocorreu a inflação e a intensidade do processo”. — Teórico de Harvard, Avi Loeb
A inflação é importante, pois responde a duas perguntas: 1) sobre a homogeneidade, em grande escala, do universo, que está quase em perfeito equilíbrio térmico; e 2) sobre o seu aspecto mais plano do que curvo. A inflação explica que isso se deve à coesão e à associação de todas as regiões nos primórdios do tempo com a constante cosmológica, e que os únicos casos significativos de não homogeneidades são as pequenas flutuações quânticas na inflação (a partícula por trás da inflação).
O fato de todas as partículas terem tido alguma relação entre si corrobora mais ainda as teorias de não localidade da física quântica. O Livro do Conhecimento: As Chaves de Enoch® descreve a constante cosmológica como a conexão entre partículas e como uma fonte fundamental para a interligação subjacente à criação. Isso minimiza o “big bang” como uma explosão caótica e favorece a ideia de um desdobramento mais ordenado.
Guth segue descrevendo como a inflação está associada às primeiras pressões gravitacionais do universo. Ele afirma: “A teoria inflacionária é essencialmente uma guinada na teoria convencional do Big Bang. A falha que a inflação intenciona superar é a do fato básico de que, apesar de a teoria do Big Bang ser chamada de Big Bang, na verdade ela não é uma teoria do Bang; nunca foi. A teoria convencional do Big Bang, sem inflação, trata, na realidade, apenas do que veio após o Bang… Já a ideia básica da inflação é a de uma forma repulsiva de gravidade que resultou na expansão do universo.
Com relação à planura do universo, Guth explica ainda por que a geometria do universo se assemelha tanto à euclidiana. De acordo com Guth: “No contexto da relatividade, a geometria euclidiana não é a norma; é exceção. Na relatividade geral, o espaço curvo é o caso genérico… A densidade de uma grande massa faria com que o espaço se curvasse no sentido de um universo fechado no formato de uma bola; se prevalecesse a densidade de massa, o universo seria um espaço fechado com um volume finito e sem borda. Se uma nave espacial viajasse em uma suposta trajetória reta por uma distância longa o suficiente, acabaria retornando ao ponto de partida. Já no outro caso, se prevalecesse a expansão [isto é, a inflação], o universo seria geometricamente aberto. Espaços geometricamente abertos têm propriedades geométricas opostas às dos espaços fechados. São infinitos. Num espaço fechado, duas linhas paralelas convergem; num espaço aberto, duas linhas paralelas divergem”.
Isto é exatamente o que estamos vendo hoje e que se confirma não só com a inflação, mas também com o que comentam os primeiros versos da primeira Chave de O Livro do Conhecimento: As Chaves de Enoch®, que afirma que somos parte de um “universo irrestrito”. O segundo verso acrescenta: “Sendo parte de um universo irrestrito, somos parte de uma mente irrestrita; sendo parte de uma mente irrestrita, somos parte de uma imagem universal irrestrita”.