J.J. Hurtak, Ph.D., Ph.D., e Desiree Hurtak, Ph.D., MS. Sc.
A partir de 6 de março de 2015, a qualquer momento os cientistas do Jet Propulsion Lab podem receber uma confirmação surpreendente de vastas reservas de água no planeta anão Ceres com a utilização da tecnologia de sensoriamento remoto a bordo da Sonda Dawn (Amanhecer) da NASA. dawn.jpl.nasa.gov/.
A uns 5 bilhões de quilômetros de distância, a sonda responderá a perguntas sobre a natureza de Ceres, particularmente sobre o interior desse objeto celeste que pode ter 25% de água na sua composição. Dawn já está em órbita e descendo em espiral rumo à superfície de Ceres, onde fará observações de pesquisa nesse mundo gélido, que, segundo alguns cientistas, poderia abrigar formas primitivas de vida extraterrestre abaixo da superfície. Ceres, o maior objeto no cinturão de asteroides, e o seu vizinho, Vesta, o segundo maior objeto na área, podem também fornecer pistas vitais sobre a natureza do cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter, formado a partir de detritos que orbitavam Júpiter num período anterior do nosso sistema solar. Outros afirmam que os asteroides são o resultado de um planeta destruído num passado distante. Agora, esses dois irmãos foram classificados, assim como Plutão, como planetas anões.
De acordo com Carol Raymond, cientista do Jet Propulsion Lab da Cal Tech, especializada em planetas, são detalhes interessantes sobre dois protoplanetas que existem inalterados “desde os primórdios dos sistemas solares… trata-se [na verdade] de dois fósseis que podemos investigar para entender o que realmente aconteceu nessa época”. A Sra. Raymond é chefe no JPL em Pasadena, Califórnia, do programa que tem como objetivo estudar pequenos objetos no sistema solar.
As imagens e dados não serão transmitidos à Terra antes do final de abril (2015), quando ele voltar a aparecer por detrás do lado escuro de Ceres. Então, espera-se que a sonda Dawn meça as características da superfície de Ceres, especialmente os formatos e tamanhos das inúmeras crateras que pontilham a sua superfície. Os cientistas acreditam que Ceres tenha algo em torno de 180 milhões de quilômetros cúbicos de água, sendo a maior parte provavelmente congelada. De acordo com vários cientistas especializados em planetas, é improvável que haja uma cobertura líquida em Ceres. Raymond também afirma que “uma das perguntas intrigantes é se esse gelo retém um calor suficiente para uma convecção”. No ano passado, o Observatório Espacial Herschel da Agência Espacial Europeia (2014) detectou a existência de água abaixo da superfície de Ceres usando um telescópio infravermelho (IR) localizado no espaço.
Esses resultados coincidem com os de outros programas atuais de pesquisa da NASA sobre Marte (com dados de 2015 de Keck e dos Observatórios Infravermelhos do Havaí), que vêm confirmando que num passado distante houve em Marte um sistema oceânico bem volumoso. Os novos dados mostram que durante um milhão de anos, houve por toda a superfície do planeta vermelho camadas de água com profundidades de até 130 e 137 metros, sendo esse volume de água e esse tempo suficientes para o despontar da vida. Isto coincide com dados sobre o planeta que os autores (Drs. Hurtaks) abordaram em conversa com cientistas da NASA em agosto de 2001 durante uma conferência em que foram oradores convidados.
As sondas recentes, que anunciam a descoberta no nosso sistema solar de grandes volumes de água no pequeno Ceres e em Marte nos aproximam ainda mais dos anúncios oficiais da descoberta de formas de vida exobiológica bem perto de nós. Esses resultados em nada nos surpreendem, nem particularmente aos milhares que assistiram às nossas apresentações históricas sobre Marte, tanto nas transmissões mundiais da Televisa com o lendário jornalista Pedro Ferriz, como nas que fizemos em vários auditórios importantes da Cidade do México em 1985, além das atualizações que demos ao jornalista Jaime Maussan em 2013 e 2014. As palestras que nos últimos quarenta anos temos dado no mundo todo sobre a “Vida em Marte” têm apresentado fatos indicativos e imagens detalhadas (como as da Mariner-9) de vertedouros de grandes volumes de água e de sistemas fluviais que conferiram à Marte a sua rede incomum de traços semelhantes a canais e a sistemas de água marinha, que há milhões de anos podem ter servido de base para a Vida. A NASA pode agora começar a contar nos dedos o número de planetas e planetas anões no nosso sistema solar com o potencial para a vida.
Enfoquemos a nossa visão nos céus com as seguintes palavras do filósofo grego do século IV, Metrodoro, de Chios, a respeito da abundância da vida: “Considerar a Terra o único mundo habitado no espaço infinito é tão absurdo quanto afirmar que só um grão brotará de toda uma plantação de milho num campo”.
Acompanhem os anúncios sobre as evidências de vida fora da Terra a partir de maio de 2015.
Crédito das imagens: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA