O círculo define e conceitua, do ponto de vista psicológico, matemático e antropológico, ideias de tempo e território para toda a humanidade, sendo que círculos sobrepostos definem a “liberação” de um local fixo e o progressivo continuum básico da vida dentro de uma vida superior. O círculo reflete a natureza contínua da nossa existência, desde os círculos de pedra até a roda, esta, um símbolo sagrado de unidade para muitas culturas antigas, especialmente no Oriente.
Em 1998, os russos encontraram um dos tipos mais antigos de roda, de movimento perfeito, enterrado na área de um antigo túmulo abobadado ao norte do Cáucaso, que alguns dizem ser do profeta persa Zoroastro — um dos penúltimos ancestrais da tradição oriental. Esta descoberta chega a tempo de engenheiros e representantes do mundo todo, em visita a um dos grandes pavilhões técnicos da Expo de Hanover 2000, celebrarem a contribuição da roda para o movimento da civilização ao longo dos séculos. A priori, a roda continua simbolizando uma dádiva extraordinária para as gerações por vir, que usarão rodas engrenadas para avançar mundos futuros na Terra e no espaço.
Na tradição dos povos primitivos de todas as regiões do mundo, podem ser encontrados rudimentos de círculos como locais de ensinamentos, iniciações e contato com os mundos superiores. E nas suas formas totalmente desenvolvidas, o círculo aparece como uma mandala cósmica em todas as religiões mais avançadas.
Seja no círculo, no triângulo, no quadrado, o mistério da geometria sagrada reúne todas as peças e elementos da sociedade em uma herança comum, uma criatividade evolutiva compartilhada por todas as filosofias e cosmologias antes e depois. Os primeiros registros escritos de noções de geometria sagrada ocorreram há mais de 25 séculos, e, desde então, esse tema inesgotável tem sido um tema contínuo, dentro do enfoque de cada tradição religiosa, em todas as principais línguas da Ásia, Europa, Oriente Médio, África, Américas e Pacífico.
Valendo-nos da geometria como fazem os peritos, encontramos um significado não apenas para os números irracionais π, f e e, como também para todas as formas psicológicas que transcendem a estrutura social, a exemplo do sinal da cruz dentro de um círculo, que é um profundo símbolo espiritual de fraternidade reconhecido tanto pelos cristãos coptas como pelos sacerdotes zulus. Cristo falou desses mistérios quando disse: “A Casa do Meu Pai é uma Casa de Muitas Moradas”. Na geometria sagrada, a vitória maior da consciência se encontra através do poder do Espírito Divino.
O Terceiro Milênio nos dá literalmente “três rodas” para se iniciar a promessa de liberdade do dualismo dos dois milênios anteriores.
— J.J. Hurtak, Ph.D., Ph.D.
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