A visão científica atual no estudo da consciência é a de que os processos psicológicos são inteiramente gerados dentro de funções restritas ao cérebro e ao sistema fisiológico humano. Esta é uma premissa que não leva em conta os últimos 50 anos de pesquisa no campo da parapsicologia, que sugerem que a consciência não se restringe ao cérebro e que é possível demonstrar, em processos que incluem a telepatia e a psicocinese, o efeito da mente além do sistema individual.
Experimentos com visão remota realizados no Instituto de Pesquisa de Stanford (SRI) no início da década de 1970 demonstraram a capacidade da mente de “alcançar” alvos no planeta, violando as regras tradicionais da ciência. São necessárias mais pesquisas nesta área para se entender o papel da mente na consciência, embora a consciência não seja limitada à mente física. Vários trabalhos revolucionários neste campo foram realizados por Russell Targ, Dr. Harold Puthoff e Andrija Puharich (M.D.). Dr. Puharich estava nitidamente à frente do seu tempo, pois o seu trabalho também incluía a “cura à distância”.
A maioria dos cientistas que trabalha na área da parafísica tem se esforçado para dar explicações científicas plausíveis no âmbito do nosso conhecimento limitado da física quântica. A intenção de mapear a função quântica da consciência, a exemplo do mapeamento da função de onda ou partícula, se converte no principal obstáculo entre a ciência e a consciência. Na minha opinião, a dificuldade é devido ao fato de a consciência funcionar como uma “prolepse” acelerada, isto é, uma realidade futura no agora. A ideia da prolepse remonta à retórica de Aristóteles e se refere ao recurso de um escritor de antecipar para os leitores um resumo do argumento seguinte, tal como uma breve sinopse no início de um relatório técnico. Saindo da retórica para a ontologia, isto é, o campo das novas interpretações das experiências da vida, que redefinem a “vida”, a “evolução”, etc., a prolepse é uma realidade futura que para muitos escritores se apresenta como algo um pouco à frente no tempo; e para muitos teólogos como algo muito à frente no tempo, demonstrando de forma parcial ou resumida, ainda que autêntica, o que nos tornaremos ou o que vivenciaremos.
Mesmo que a pesquisa progressiva na área da consciência explique os muitos planos de realidade que também existem e cooperam em sincronia, a nossa percepção cotidiana tem se limitado a somente um único plano de realidade. Quando despertamos, de fato, para o nosso potencial de consciência total, entenderemos as palavras de Cristo: “Vocês farão obras maiores do que estas, porque eu vou para junto do Pai”. Quando entrarmos em ação com esta nova percepção, começaremos a funcionar não só com os nossos olhos e ouvidos, mas com a nossa mente de consciência mais elevada, a chamada “Mente-2”, e finalmente conseguiremos trabalhar na Casa de Muitas Moradas do nosso Pai.
— J.J. Hurtak, Ph.D., Ph.D.
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