Quem sou eu? Esta é a pergunta mais essencial e abrangente de todos aqueles que buscam o autodespertar. Ela também nos leva a questionamentos básicos sobre a natureza da mente. Uma das afirmações fundamentais dos textos dos mistérios antigos é de que o verdadeiro conhecedor da Vida não é a mente. O verdadeiro conhecedor é chamado Purusha em sânscrito, e Noetos em grego. Esse conhecedor conhece através da mente, não com a mente.
Numa estrutura de vários níveis de realidade, a mente pode também operar como mente futura, alcançando a Inteligência Universal e permitindo entender o funcionamento detalhado do cosmo. Nessa realidade mais ampla, o Universo pode ser definido por cálculos especializados, pois não somos diferentes da realidade que nos cerca. Podemos constatar a natureza e validar o que sabemos sobre o cosmo sem ter qualquer experiência transcendental. A limitação da linguagem e de um sistema lógico, no entanto, trunca a nossa experiência da multiplicidade subjacente da vida.
O aumento do fluxo de consciência – aqui, abaixo, de forma imanente, transcendental, cósmica – começa com o despertar na alma de uma atitude conscienciosa (“conscience”). Isto é, devemos primeiro desenvolver uma apreciação dos vários níveis necessários de organização da consciência para termos várias perspectivas de uma vez só! A sutileza pode ser confusa; de fato, em várias línguas, como no português, francês e sânscrito, a palavra “conscience” (consciência) e “consciousness” (consciência) é traduzida por uma única palavra. Só esse fato nos chamaria a atenção para as limitações que enfrentamos nos nossos sistemas de linguagem ao tratarmos do requisito para uma conexão íntima com a dinâmica da experiência espiritual.
O crescente desencanto de vários ocidentais com as filosofias materialistas/reducionistas dominantes, somado a um crescente interesse pelas técnicas para o desenvolvimento da mente, como a meditação e a visualização criativa, significa que muitos pensadores estão buscando um entendimento da nova mente, não como um subproduto de processos biomecânicos, mas de uma mente como produto da própria consciência. A influência que a matemática exerce na lógica da descoberta científica tem se desfeito por uma descoberta maior, de que o conhecimento e a certeza são impossíveis de alcançar sem a ligação consciencial de mentes (plural)!
No novo horizonte de eventos, o estilo matemático de pensar será descontextualizado e será entendida a verdadeira Kaballah de um “espírito” que descobre a sua pré-existência e habita vários lugares. A liberdade do Espírito e da Mente se dará tanto no sentido de “ver” como de “conhecer” os céus face a face. Foi o profeta Daniel quem nos preparou para este momento com as palavras do capítulo 12: “e os perspicazes raiarão como o resplendor da expansão; […] o verdadeiro conhecimento se tornará abundante” e a humanidade justa será “contada com as estrelas pensantes da inteligência superior”.
— J.J. Hurtak, Ph.D., Ph.D.
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