Perguntas frequentes sobre
AS CHAVES DE ENOCH®
incluindo questões sobre
o budismo, cristianismo, hinduísmo, islamismo
e judaísmo
P: Qual é a importância de As Chaves de Enoch® para 2005 e o futuro?
R: Os ensinamentos de As Chaves de Enoch® não têm um enfoque milenarista. Diferentemente de divulgações focadas no fim do mundo, em imagens apocalípticas ou eventos escatológicos, As Chaves detalham a ampla sabedoria que este planeta tem recebido por revelação direta, salientando descobertas científicas e, certamente, alertas para possíveis problemas solares, geológicos, ambientais e econômicos, que começaram em 1973. Além disso, através de documentários e filmes (como Merkabah:Viagem de uma Semente Estelar e Quando as Culturas Cósmicas se Encontram) detalha-se um entrosamento mais humano entre ciência e a religião e entre os vários componentes culturais e étnicos da raça humana para o início do Século XXI.
P: Por que este ensino nos é dado nesta época?
R: Este ensinamento nos foi dado para podermos superar a negatividade e ajudar a mobilizar uma transição positiva mediante uma responsabilidade e crescimento pessoais, acima de conflitos e sofrimentos, em preparação para um Plano Cósmico especial para todas as pessoas! No entanto, por mais que As Chaves de Enoch sejam um guia útil, conforme afirmam muitos mestres espirituais de outras tradições, os ensinamentos precisam conciliar-se com a jornada espiritual própria da pessoa, que é, em última instância, a busca por uma experiência pessoal direta junto ao Divino. As Chaves ajudam a levar você ao limiar da descoberta. Depois desse limiar, você terá de buscar a experiência direta.
P: Por que As Chaves de Enoch® são escritas numa linguagem por alguns considerada impenetrável, de estilo denso, enigmático e altamente simbólico?
R: A vantagem de se escrever num estilo estranho para a maioria dos leitores é a oportunidade de transmitir formas mais elevadas de significado além do âmbito comum. Um plano maior de Unidade permeia esse estilo com símbolos de consciência e religião num nível mais amplo de experiência linguística, pois no discurso e sintaxe comuns, a mente humana não consegue participar das muitas linguagens simbólicas superiores da Mente Divina (non capax infiniti). As Chaves, portanto, se expressam como uma metalinguagem (código simbólico) e não devem ser tidas como uma narrativa racional literal, e sim como uma narrativa super-racional. Nos últimos trinta anos, as expressões sagradas e a metalinguagem enoquianas têm sido vistas como fonte de vocabulário na experimentação de novas vertentes científicas (p. ex., as relações da energia do ponto zero, Chave 302) e a pesquisa genética (p. ex., as relações do código de Deus, Chave 202).
P: As Chaves falam sobre Israel. Como devemos entender esse termo e quanto aos outros grupos étnicos?
R: A filosofia de As Chaves de Enoch® é uma Visão Científico-Espiritual de uma Divindade e de uma Hierarquia Plurais, que abrangem todas as Ramificações do Ensino Divino de Sabedoria e Compaixão (ver Prólogo). Por exemplo, o termo Israel em “Deus ama o Seu povo Israel” é usado para se referir a uma coletividade pela qual o Plano Divino se cumpre mediante uma conexão consciente e contínua de cada um de nós com a Presença Divina, na condição de Seus veículos, independentemente do grupo étnico ou sócio-político (futuro, presente ou passado). “Israel” representa QUALQUER UM que se debata com Deus até a vitória ou até alcançar a capacidade de ser abençoado pelo Divino. Não há separação de raça, grupo étnico ou religioso. O termo “Israel” deve ser entendido como uma experiência plural, conforme mostram as ilustrações dos símbolos religiosos ao longo do texto. Trata-se da experiência dos justos de todas as denominações existentes na Terra que são chamados a servir ao Deus Vivo.
P: O que podemos entender da expressão raça Crística?
R: A palavra “Cristo” antecede o Jesus histórico de Nazaré. (A mulher disse a Ele: “sei que o Messias está para vir. Quando Ele vier, Ele nos esclarecerá sobre tudo”. — João 4:25-26). A palavra grega “Cristo” significa “ungido”. O termo “raça Crística” é usado como uma afirmação metalinguística em referência à humanidade desperta e autoconsciente, que tem a compaixão de Cristo (os Christopheroi, ou ungidos, portadores de Cristo) e trabalha com Amor Divino de forma pluralista para elevar a consciência, reconhecendo todas as tradições místicas, inclusive as que existiam mais de três milênios antes do nascimento de Jesus.
As Chaves de Enoch estão escritas numa linguagem não dualista que revela as muitas faces do Divino existentes em todas as coisas, inclusive na natureza humana, que é co-evolutiva e co-criadora e, de acordo com As Chaves, é destinada à perfeição. Em outras palavras, homem e mulher são destinados a ser como Cristo, Krishna, Buda, Al-Mutakabbir, expressões de união com Deus, entre muitos outros. Paramahansa Yogananda faz um paralelo entre os nomes Cristo e Krishna. O uso do termo “raça Crística” jamais deve ser considerado uma expressão dualista de separação.
Além do Cristo, há ênfase no nome Melchizedek, que é usado tanto nas tradições judaica e cristã. Além disso, com a menção da Ordem de Melchizedek (no livro de Hebreus do Novo Testamento), há um entendimento teleológico do fato de que a família espiritual na terra foi criada para vivenciar muitos mundos e as muitas realidades por vir.
P: Como a mensagem de As Chaves de Enoch® se reflete em outras religiões como a islâmica?
R: Enoch, conhecido como Idris, é um profeta importante na cultura islâmica e a mensagem mais elevada do Islã se reflete em várias passagens das Chaves, desde o início do Prólogo até o final do Glossário (ver Umma). No entanto, também é reconhecida a contenda que todos enfrentam ao tentar harmonizar as religiões do Oriente Médio. As Chaves de Enoch®, além disso, descrevem os ensinamentos sufis como integrantes dos ensinamentos de Luz, especialmente no contexto de que as Chaves são chaves musicais de conhecimento para a alma. O renomado autor e teólogo sufi Al Qushayn escreve que embora a música seja proibida para as massas, para que preservem as suas almas… ela é recomendada aos nossos companheiros (sufis) para que animem os seus corações. É no ensino mais amplo das canções celestiais que o Cálice da Vida e a Pomba do Espírito Divino vêm repousar atrás da serpente dos céus (ver ilustração, Chave 206, p. 229, em As Chaves de Enoch, que inclui a inscrição árabe). Esta imagem mostra o entendimento da vida contínua nos mundos superiores de existência que estão além dos seres assustadores de morte e destruição que aparecem quando os seres não conseguem partilhar do Cálice da Vida.
P: E quanto ao hinduísmo e budismo tibetano?
R: É sabido que a antiga língua sânscrita revela expressões de som sagrado. O hinduísmo emprega esses sons ou sílabas, chamados de “bija” ou sílabas-semente, que são literalmente hologramas de vibração de informação. As sílabas-semente são coordenadas como se fossem genes num filamento de DNA para formar cantos poderosos chamados de mantras. Os próprios bija, como, por exemplo, Om, Aim, Hrim ou Glim, não têm qualquer significado extrínseco, mas são entremeados por intenções e palavras espirituais conforme vemos na afirmação Om Aim Hrim Shim Glim Glaum Ham, ou na utilização dos nomes da Mãe Divina, ou mesmo na imagem da pastora que transita pelo mundo material inferior de destruição e vê como todas as conquistas e paixões humanas servem de treinamento para a co-criação nos novos mundos (Chave 109). Essas expressões sagradas se mantêm na língua tibetana, e a sua explicação das hierarquias budistas coincide com o ensino das Chaves (Chave 313) no que se refere à travessia do iniciado pelos mundos inferiores preservando a contínua consubstanciação com a divindade na transposição dos véus materiais da vida.
P: De acordo com As Chaves de Enoch®, que ligações existem com outras crenças religiosas?
R: As Chaves falam de dons especiais concedidos à cristandade, reconhecidos pelos ensinamentos originais de pessoas como Joseph Smith, que teve um entendimento dos mistérios mais profundos do Egito e procurou revelar a amizade eterna entre a cristandade original e o judaísmo ao entender o trabalho do Patriarca José no Egito.
P: Que outros exemplos de harmonia entre as crenças podemos encontrar em As Chaves de Enoch®?
R: Existem várias passagens que mostram todas as principais religiões em união, e o texto inteiro de As Chaves de Enoch incorpora símbolos que têm sido utilizados em todas as culturas e todas as religiões. A Ilustração 18 das Chaves, por exemplo, mostra crianças como o símbolo das muitas crenças, representando todas as religiões e culturas do mundo. A Ilustração 7 ilustra comunidades do futuro, que serão pluralistas e até em áreas remotas incluirão estruturas cristãs, hindus e islâmicas, lado a lado, numa harmonia entre as crenças.
P: Qual é a importância da Mulher e onde ela está em As Chaves de Enoch®?
R: Já a primeira ilustração das Chaves (Lâmina Um) mostra a pirâmide sobre o Livro de Ester (hebr./grego, representando as estrelas, o princípio feminino usado como a coroação do conhecimento, que abre a pirâmide em conexão com o Nome Divino oculto no Livro). Por sua vez, a percepção do feminino nas estrelas, céus e nas dimensões superiores também é visto em ilustrações posteriores como a Virgem que se posiciona junto às crianças de todas as religiões e culturas do mundo (Lâmina 18). Voltando à Lâmina 17, vemos a Família de Yahweh (o Divino), que tem no centro a imagem de uma mulher e representa as mulheres do mundo e a natureza interna de anotação dos escritos espirituais de unidade entre todos os filhos e filhas de Deus associados à forma angélica de Yophiel. Na Lâmina 10 vemos que a Mãe Divina (ou aquela que poderia se chamar Quan-yin) também segura nas suas mãos o mundo e todos os ciclos de testes na Roda da Vida Biológica. Uma leitura cuidadosa das Chaves pelo leitor que vai além do vocabulário que tende a traduzir a frase simplesmente no masculino ou feminino mostrará que todas as Lâminas principais têm a ver com símbolos do aspecto feminino da Divindade, que colabora com o aspecto masculino da Divindade. “Ela” que opera na Shekinah (Presença Divina) está também presente em cada Chave e se comunica com o leitor que busca um renascimento tanto mental como espiritual.
P: Qual é a mensagem principal de As Chaves de Enoch® sobre os diferentes sistemas de crenças?
R: A imagem ao fundo das Chaves é a de uma Carta de Amor positiva de Deus aplicável a todas as dimensões da família humana.
P: Qual é a melhor maneira de aprender a estudar As Chaves de Enoch®?
R: Comece com o vocabulário e use os CDs ou fitas (como, p. ex., Sacred Liturgy) para aprender as vibrações que acompanham a pronúncia do vocabulário sagrado em cada Chave, lembrando que As Chaves também são chaves musicais que despertam a alma.
P: Qual é o ponto fundamental de As Chaves de Enoch® em relação ao indivíduo?
R: As Chaves nos ensinam que a alma está fadada à perfeição.
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Fragmento copta recente (2012):
Jesus disse: “Minha esposa…”. Isso é verdade?
Um texto recentemente descoberto que se acredita ser do Século IV (301-400 d. C.) traduzido por Karen L. King e alardeado pela mídia como a prova do casamento de Jesus com base num fragmento de um documento copta reacendeu uma pergunta muito antiga: “ Jesus se casou?” Independentemente do que alguns estudiosos contemporâneos tenham escrito na Harvard Theological Review ou na imprensa popular, há que se examinar a tradição literária copta (egípcia cristã) mais ampla de onde vem este documento. O ensinamento de Cristo “casado” ou com uma “esposa” precisa ter o seu significado contextualizado, pois os pensadores gnósticos coptas empregam os termos “Cristo”, “mulher”, “casamento” e o propósito “missão” ou “nascimento” de Jesus para demonstrar uma união divino-humana de duas naturezas diferentes. Aqui, acreditamos ser necessário interpretar o casamento elevado a um nível mais alta, não com uma mulher, como Maria Madalena, mas com toda a congregação na terra ou no céu, considerada como a “esposa” ou “noiva”!
Na Bíblia (p. ex., em Isaías 54) constam várias palavras que denotam que Israel possuía uma “esposa” ou “a noiva”. Essas palavras representam a “esposa do Senhor”. Ninguém considera “esposa” nesse contexto como uma pessoa específica que estivesse casada com Jesus. Da mesma forma, os significados coptas são consideravelmente mais abrangentes no seu significado filosófico que os percebidos por estudiosos judaico-cristãs de hoje em dia e por outros escritores seculares do passado e de hoje, que avaliam o contexto da linguagem em termos de significados humanistas “externos” em relação à filosofia cristã copta.
É evidente que este texto é um comentário sobre o pensamento mais elevado e como se conhecem só algumas palavras da linha em questão, não temos nenhuma ideia sobre o resto das palavras. Poderia ser, por exemplo, Jesus disse: “Minha esposa, um homem santo, admitiria se tratar de um servo de Deus”. As linhas anteriores do documento descoberto são declarações claramente mais poéticas, semelhantemente ao que é encontrado no Evangelho de Tomé (verso 101), que diz:
(101) “Quem não odeie o seu pai e a sua mãe como eu não pode se tornar um discípulo para mim. E quem não ame o seu pai e a sua mãe como eu não pode se tornar um discípulo para mim. Pois a minha mãe […], mas a minha verdadeira mãe me deu a vida”.
É evidente para a maioria dos estudiosos que Jesus não está falando de Maria, sua mãe, mas está distinguindo a diferença entre a mãe humana e a mãe espiritual.
Os cristãos gnósticos coptas viam Jesus como o “Cristo” pré-existente que veio à existência humana sem a união conceptiva normal entre dois pais humanos. Foi o Divino Espírito Santo que deu à luz Jesus ao “recobrir” Maria (Evangelho de Mateus). Da mesma forma, embora ele tenha tido uma proximidade com Maria Madalena, o termo “mulher” representaria melhor todos nós bem como a presença do Espírito Santo. Vemos na inestimável literatura copta do Evangelho de Tomé (Século I d.C), do Evangelho de Maria e da literatura de Pistis Sophia (dos Séculos II-III AD) o conceito de unificação relativo a um casamento diretamente com o Espírito, a natureza superior que dá ao evento Cristo uma relevância na história.
Na filosofia e teologia coptas, a suposição de a figura de Cristo simplesmente encarnar por um breve tempo em Jesus e ter uma esposa humana, ainda que fosse admissível para muitos professores judeus no Oriente Médio, seria uma reversão mundana da importância do “nascimento em Cristo”, que consiste em elevar a humanidade a um plano superior de existência. Era comum no Oriente que grandes instrutores encarnassem por vias divinas e jamais se casassem, e os homens judeus da época não precisavam se casar jovens. Este documento surge num momento em que a Igreja e, especialmente, os teólogos tentam secularizar e modernizar o conceito de Jesus para torná-lo mais humano, por não conseguirem entender o conceito de Cristo e Jesus se unificando como um só.
Segundo a experiência direta do Dr. J.J. Hurtak, Jesus foi a manifestação física vinda de um plano superior. Ele foi o homem-Espírito “Crístico”, e nós, sua “esposa”, nos vinculamos à parceria com a mulher-Espírito “Crística” que consta no “convite de núpcias”. Como a noiva para o noivo, a nossa vida espiritual transformada nos permite participar com ele nos céus (Apocalipse de João, o Divino, capítulos 4-19).
O evento Crístico do nascimento de Jesus possibilitou para a humanidade o maior evento possível, a capacidade de constatar que a “evolução do espírito” não se detém com a terra e com os paradigmas materiais. Isso nos torna capazes de viver dentro das perspectivas da vida futura e de criar relações cada vez mais divinas, remodelando os fatos materiais da vida no sentido de níveis mais elevados de criatividade. Precisamos nos manter focados não só no mundo ao nosso redor, mas nos mundos futuros, que podem ser influenciadas no sentido mais amplo pelo trabalho ou casamento com a “dinâmica” do “Espírito Santo”.
Para os interessados nos aspectos da vida de Jesus referentes à Maria Madalena, especialmente a posição dela na literatura copta, consultem o texto que traduzimos e comentamos a partir das fontes coptas chamados O Evangelho de Maria [Madalena] (2008) e Pistis Sophia: Texto e Comentário (1999) bem como o DVD da Divina Mãe (2007).
— Drs. J.J. e Desiree Hurtak
http://www.hds.harvard.edu/faculty-research/research-projects/the-gospel-of-jesuss-wife