Caros Amigos,
Todo mundo quer Liberdade! Há séculos, lutamos para viver numa sociedade onde o nosso livre-arbítrio seja respeitado. Em 1963, Lesley Gore cantava uma música popular chamada “You Don’t Own Me” (Você Não É Meu Dono, em tradução livre), que expressava o máximo do que se entendia por livre-arbítrio:
Não me diga o que fazer, não me diga o que dizer…
Deixe-me apenas ser eu mesma: é tudo o que eu te peço.
No entanto, algumas pessoas da área da ciência, especialmente no campo da neurociência, como Michael Gazzaniga, da Universidade da Califórnia, acreditam que “ultrapassaremos a ideia do livre-arbítrio e nos aceitaremos como um tipo de máquina especial, que tem uma mediação moral em função de uma vida em grupos sociais”. ¹Além disso, numa entrevista para a Scientific American, ele questiona: “Livre de quê?”. E continua: “De quê todos querem ser livres? Eu com certeza não quero ser livre das leis da natureza”.
Gazzaniga acredita que “reagimos” segundo princípios da neurociência e acabamos fazendo o que se espera de nós. Nesse contexto, sempre haverá uma porcentagem de pessoas sem uma “bússola moral” forte que acabará optando por fazer o que não se espera dela. Isso também é previsto. Portanto, questiona ele, será que somos realmente livres para pensar e tomar decisões num nível profundamente consciente? A visão determinista de Gazzaniga, que muitos neurocientistas atuais compartilham, de que tudo faz parte de um grande programa gigante, cheio de reações neurológicas sofisticadas pré-programadas, nega a opção que o indivíduo tem de escolher conscientemente a cada situação.
Uma alternativa possível, embora não seja popular, é de que os seres humanos são muito mais do que seres físicos. O que dizer das opções motivadas espiritualmente? Pierre Teilhard de Chardin afirmou: “Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana”. De acordo com As Chaves de Enochâ, é este o retrato maior2 e, portanto, a nossa escolha real, de acordo com os Drs. J.J. e Desiree Hurtak, é se decidimos nos alinhar com pensamentos superiores de fora do nosso campo local ou se nos limitamos ao campo local da consciência e do cérebro³. Esta é a nossa escolha verdadeira; caso contrário, Gazzaniga estará certo: podemos pensar mecanicamente e muitas pessoas provavelmente até o fazem.
Se, contudo, tivermos a atenção plena, que é um processo proposto no pensamento budista, e observarmos os nossos pensamentos, podemos tomar decisões que não sejam mecânicas, e sim criativas. Podemos controlar os pensamentos que ainda possam se enquadrar na categoria da dinâmica cerebral, segundo alguns filósofos. Mas se optarmos por elevar os nossos pensamentos, que é algo que pessoas do movimento da consciência, como Henry Stapp, descrevem como uma possibilidade real, então podemos ir além do campo local e acessar os pensamentos além das camadas inferiores da máquina da nossa mente-cérebro4.
Curiosamente, as pessoas que dizem ser abduzidas por alienígenas falam de um “controle da mente” imposto sobre elas pelas criaturas alienígenas. Isto é justo o contrário do Livre-Arbítrio, pois não é o nosso cérebro, mas o cérebro de outra entidade que influencia os nossos pensamentos e nos obriga a fazer algo contra a nossa vontade.
Os Ultraterrestres, ou forças angélicas da natureza, são justamente o oposto dessas criaturas alienígenas que tentam controlar o nosso Livre-Arbítrio. De acordo com a Chave 3-0-3, estas entidades positivas sempre respeitarão o nosso livre-arbítrio2. Na experiência do Dr. Hurtak com a Merkabah, Enoch se comunicou e perguntou se ele “estava pronto para acompanhá-lo”. Essa própria pergunta já mostra o respeito que essas potestades superiores têm pelo nosso livre-arbítrio, pelas nossas próprias escolhas. Então, diríamos que independentemente dos mecanismos do cérebro, nós realmente temos escolhas. E essas escolhas é que são importantes. Algumas decisões podem ser automáticas, na linha de Gazzaniga, mas só se não estivermos plenamente atentos e não entendermos a máxima de Mike Dooley: “Os Pensamentos se Materializam: Escolham os Bons5”! Também é importante distinguirmos entre as forças angélicas como os Malachim ou Ofanim, que respeitam o nosso Livre-Arbítrio; e essas raças extraterrestres que abduzem pessoas sem o seu consentimento.
No entanto, precisamos pedir, como um ato de Livre-Arbítrio, para que a Inteligência Superior interceda em nosso favor. Pois é pela Sabedoria da Consciência Superior que recebemos o verdadeiro Livre-Arbítrio de escolher que pensamentos escolher. Temos de respeitar o nosso Livre-Arbítrio no sentido de escolhermos as nossas ações e pensamentos. Pois cada momento é uma escolha entre a Luz e as trevas. Ironicamente, o maior ato de Livre-Arbítrio é submeter-nos conscientemente à Vontade Divina.
Com Amor e Bênçãos,
¹ http://www.scientificamerican.com/article/free-will-and-the-brain-michael-gazzaniga-interview/
² Hurtak, J J, (1973) O Livro do Conhecimento: As Chaves de Enoch. Los Gatos: Academia para Ciência Futura
³ Hurtak, J J e Desiree Hurtak (1999) Pistis Sophia, Texto e Comentários. Los Gatos: Academia para Ciência Futura
4 Stapp, Henry (2007) Universo Atento: Mecânica Quântica e Observador Participante. Berlin: Springer-Verlag.
5 http://www.goodreads.com/author/quotes/133854.Mike_Dooley